
Ana de Assis ou Sanina, foi a pricipal personagem de um dos crimes passionais mais famosos da história do Brasil, na Zona Norte do Rio de janeiro. Filha de major ainda casada com o escritor Euclides da Cunha, seu primeiro marido, se envolveu com o Tenente Dilermando de Assis, ela com 34 anos ele com 17 anos, com quem teria um e esse filho registrado com o sobrenome do marido, por ele. Euclides não deixa Ana amamentar a criança e com 7 dias ela morre. Depois de uma reconciliação com Euclides, que descobriu o romance, alguns dizem que ela pediu várias vezes a separação e saiu de casa. Euclides foi armado para a casa de Dilermando e seu irmão Dinorah onde os dois estavam. Houve várias versões para este trecho, a versão aceita pelo tribunal, foi a de que Euclides atirou primeiro, em Dilermando e no seu irmão ( 20 anos). Dilermando, ótimo atirador, atirou em legítima defesa matando Euclides em 1909.

Dizem que foram 3 tiros em Dilermando, em seu irmão foram 2, um pegou na nuca e que por e por conta disso, ficou aleijado, virou mendigo ( ele era atleta ) e se suicidou .Depois, em 1916, houve outra tragédia por conta desse amor, um dos filhos de Ana e Euclides resolveu vingar a morte do pai atirando em Dilermando, só que desta vez ele foi atingido, que mesmo ferido se defendeu e matou o rapaz com 3 tiros. Dilermando foi absolvido nos dois casos. Ana se casou com Dilermando e teve seis filhos, casamento que durou 20 anos e que acabou quando ela descobriu que Dilermando tinha uma amante.
Ana foi duramente criticada e massacrada e morreu em 1951 de câncer. Foram escritos vários livros , cada família defendendo o seu, foi feito também uma minissérie, " Desejo", que teve um enorme sucesso. No final da minissérie Ana termina dizendo uma frase, que não sei se foi realmente dita por ela ou apenas colocada na minissérie, é uma frase forte, pra se pensar e questionar, antes de se julgar:
- EU NÃO ERREI, APENAS AMEI .
Como diz a musica....Ah, infinito delírio chamado desejo.Essa fome de afagos e beijos Essa sede incessante de amor. Ah, essa luta de corpos suados.Ardentes e apaixonados. Gemendo na ânsia de tanto se dar .Ah, de repente o tempo estanca. Na dor do prazer que explodeÉ a vida é a vida, é a vida e é bem mais. E esse teu rosto sorrindo. Espelho do meu no vulcão da alegriaTe amo, te quero meu bem, não me deixe jamais. Eu sinto a menina brotando.Da coisa linda que é ser tão mulher A santa madura inocênciaO quanto foi bom e pra sempre será E o que mais importa é manter essa chama Até quando eu não mais puder E a mim não me importa .Nem mesmo se Deus não Quiser
ResponderExcluirANNA, heroína, amou intensamente, profundamente,corajosamente com todos os extremos que esse amor pediu e impôs,fazendo dessa tragedia e seus infortúnios um verdadeiro e impar brilhante da literatura e pérola da arte universal
ResponderExcluirANNA uma heroina,amou tragicamente, Dilermando um aparente súdito, amou fatidicamente Euclydes um aparente algoz ,amou sinistramente , findando numa dramatica comovente nefasta catastrofica e fatal historia de paixões e amor
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Infelizmente,gostaria que fosse diferente, mas é assim como você bem disse:A natureza humana é selvagem, moralista, cruel.
ResponderExcluirnós o povo ficamos sem a epopeia e maturidade do escritor Euclydes da Cunha
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ResponderExcluirpersonagens desse fatidico,dilacerante e poderoso amor foram vitimas e algozes do proprio infortunio ,pregado pela circunstância, pelas MOIRAS e pelos Deuses .Tudo , colaborou ,compactuou contribuiu e corroborou para que esse desenlace se apoderasse do DESTINO ,foi FATAL
ResponderExcluirAs artimanhas tecidas ,manipuladas pelo implacável do DESTINO, onde todos foram vitimas , e o AMOR trágico pungente,torturante,profético foi VENCEDOR se tornando SEMIDEUS, DIVINIZANDO-SE
ResponderExcluirAnna não pode...Traduzir-se
ResponderExcluirTraduzir-se
Uma parte de mim
é todo mundo:outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.Uma parte de mimé multidão:
outra parte estranheza
e solidão.Uma parte de mim pensa, pondera:outra parte delira.
Uma parte de mim almoça e janta:outra parte
se espanta.Uma parte de mim é permanente:outra parte se sabe de repente.
Uma parte de mim é só vertigem:na outra parte....linguagem
- que é uma questão de vida ou morte -será arte? sera arte sera arte
Depois de Traduzir-se de Ferreira Gulart- So Florbella Spanca com Fanatismos, ambos lindamente cantados por Fagner
ResponderExcluirMinh' alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver
Não és sequer a razão do meu viver
pois que tu és já toda minha vida
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história, tantas vezes lida!
"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça
De uma boca divina, fala em mim!
E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah! podem voar mundos, morrer astros,(x2)
Que tu és como um deus: princípio e fim!...(x2)