03 outubro 2011

LEILA DINIZ - O MITO - parte 2


Foi como um terremoto a sacudir os usos e costumes da sociedade brasileira – especialmente nos anos 60, quando ela se transformou no maior ícone da liberdade feminina. Na época em que a repressão dominava o Brasil, escandalizou ao exibir a sua gravidez de biquíni na praia e chocou o país inteiro ao dizer: Transo de manhã, de tarde e de noite . Considerada uma mulher a frente de  seu tempo. Foi invejada e criticada pela sociedade machista da década de 60 e 70. Leila falava de sua vida pessoal sem nenhum tipo de vergonha ou constrangimento. Concedeu diversas entrevistas marcantes à imprensa, mas a que causou um grande furor no país, foi a entrevista que deu ao jornal Pasquim em 1969. Nessa entrevista, a cada trecho falava palavrões que foram substituídos por asteriscos e ainda disse : Você pode muito bem amar uma pessoas e ir para cama com outra. Já aconteceu comigo! 
       
Foi o exemplar mais vendido do jornal e foi também depois dessa publicação que foi instaurada a censura prévia à imprensa, mas conhecida como Decreto Leila Diniz. Perseguida pela polícia política, Leila se escondeu no sítio do colega de trabalho Flávio Cavalcante, tornando-se em seguida jurada do programa dele. Alegando razões morais seu contrato com a TV Globo como atriz não foi renovado e na época de acordo com Janete Clair, não havia papel de prostituta nas próximas novelas da emissora. Leila morreu no acidente aéreo em que o avião da Japan Airlines, vôo Jal 471 da Japan Airlines, no dia 14 de junho de 1972 ao 27 anos, explodiu perto de Nova Déli, na Índia, no auge da fama.  A atriz voltava da Austrália, onde participara do Festival Internacional de Adelaide para promover o filme Mãos Vazias. Leila havia antecipado o vôo de volta por causa da saudade que sentia da filha. Leila Diniz tornou-se um ícone da liberdade e indignação que não abre mão de sonhar e  divertir-se, viveu sua vida plenamente
                         

                          
                                                

                                        

LEILA DINIZ - O MITO

                            

Leila Diniz, atriz: Leila Roque Diniz (1945—1972), atriz brasileira, tornou-se uma figura marcante e isso se deve, principalmente, à sua personalidade ousada. Em sua curta existência, ela conseguiu escandalizar, romper inúmeros tabus da sociedade brasileira, que na época vivia sobre a ditadura militar. Semeando oposição entre os conservadores e as feministas, preocupada apenas em ser fiel ao seu próprio sistemas de valores. Muito criticada pela sociedade patriarcal e machista , foi perseguida pela direita e difamada pela esquerda conservadora e ainda considerada vulgar pelas mulheres da sua época. 
                  
 Foi professora de jardim de infância no subúrbio carioca. Aos dezessete anos conheceu o cineasta Domingos de Oliveira, seu primeiro amor e onde surgiu a oportunidade de trabalhar como atriz. mas tarde casou-se com o cineasta moçambicano Ruy Guerra e teve uma filha, Janaína Diniz Guerra, que foi criada por Marieta Severo e Chico Buarque de Hollanda. Participou ao todo de 14 filmes, 12 telenovelas e várias peças de teatro. Leiluska, como era chamada pelos amigos conhecida como a "Mulher de Ipanema", defensora do amor livre e do prazer sexual é sempre lembrada como símbolo da revolução feminina, que rompeu conceitos e tabus por meio de suas idéias e atitudes.